Líder de Ônibus para Atos Golpistas em Brasília Foge da Justiça Após Quebrar Tornozeleira

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Fátima Aparecida Pleti, condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 17 anos de prisão devido à sua participação nos eventos golpistas de 8 de janeiro de 2023, está atualmente foragida da Justiça. Ela foi considerada culpada por envolvimento nos ataques terroristas às sedes dos Três Poderes, após organizar um transporte de Bauru, no interior de São Paulo, até Brasília, Distrito Federal.

A sentença majoritária do STF incluiu condenações por associação criminosa, ataque à democracia, tentativa de golpe de estado, dano qualificado e grave ameaça ao patrimônio da União. O período de sua pena abrange 15 anos e seis meses de reclusão, podendo ser cumprido em diferentes regimes de detenção, e um ano e seis meses de detenção, que exige regime semiaberto.

Além da pena de prisão, Fátima foi ordenada a pagar 100 dias-multa, no valor de um terço do salário mínimo, e uma indenização por danos morais coletivos de R$ 30 milhões, a ser distribuída entre todos os condenados pelos eventos.

Após sua detenção em janeiro do ano passado, ela obteve liberdade condicional com o uso de uma tornozeleira eletrônica em agosto. No entanto, em março deste ano, durante seu julgamento no STF, rompeu o dispositivo de monitoramento. A autoridade penitenciária do Governo de São Paulo relatou o incidente ao Judiciário duas semanas depois.

Desde 26 de março deste ano, Fátima não se apresenta à Justiça em Bauru, e a tornozeleira eletrônica foi quebrada. Embora não haja um mandado de prisão público contra ela, o sistema judicial está ciente de sua ausência.

O contato com a defesa de Fátima Aparecida Pleti, bem como com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) e o STF, não foi possível até o momento desta publicação.

A mulher organizou um ônibus de Bauru para Brasília e divulgou os horários e locais de partida nas redes sociais, buscando financiamento para hospedagem próxima às sedes dos Três Poderes.

Fátima, de 62 anos, foi presa em flagrante e passou sete meses detida na Penitenciária Feminina do Distrito Federal. Antes do julgamento, obteve liberdade provisória condicional, sob condições rigorosas estabelecidas pelo STF, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, apresentações semanais ao juiz de Bauru, proibição de sair do país e de usar redes sociais ou se comunicar com outros envolvidos no ataque. O não cumprimento dessas medidas resultaria na revogação da liberdade provisória.

 

 

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