A médica Carolina Biscaia Carminatti, que se apresentava como dermatologista em uma clínica em Pato Branco, Paraná, está sendo acusada de realizar uma fraude complexa. Nas redes sociais, onde era ativa compartilhando vídeos de procedimentos, a profissional indicava a realização de cirurgias para retirada de tumores de pele, supostamente diagnosticados em laudos laboratoriais adulterados.
A polícia, que investiga o caso, alega que Carolina alterava resultados de exames, indicando erroneamente a presença de câncer de pele nos pacientes. Em seguida, cobrava valores entre 3 mil e 5 mil reais por sessões para a retirada de partes da pele onde seria o suposto tumor.
Até o momento, 10 vítimas procuraram a polícia e prestaram depoimento sobre o caso. O Conselho Regional de Medicina instaurou uma sindicância para investigar a conduta da médica, que, segundo informações, não possuía registro de especialização em dermatologia.
A presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Annia Cordeiro, alerta para a importância de verificar a legitimidade dos profissionais de saúde, especialmente em um cenário onde as redes sociais facilitam enganos. Ela enfatiza que é crucial compreender se o médico é realmente especializado na área declarada, evitando assim situações em que pacientes possam ser lesados.
A defesa de Carolina Biscaia Carminatti nega todas as acusações. O caso continua em investigação, e as autoridades buscam identificar a extensão da fraude e quantos pacientes podem ter sido prejudicados por essa conduta criminosa.
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